Um
pouco de Heráldica no Futebol
Quando
se
fala em heráldica, é normal que se pense em tempos medievais, nas grandes
batalhas de filmes, na nobreza, nos cavaleiros e nos brasões. Na verdade, a
heráldica é mesmo mais ou menos isso.
Chama-se
de heráldica (termo que, segundo o Dicionário
Houaiss,
“... deriva do francês héráldique ‘relativo ao
brasão’...”) tudo o que se relaciona à ciência que estuda, analisa e desenha
brasões de armas ou escudos e sua respectiva evolução. A própria palavra escudo
advém da proteção que os contendores de torneios e guerras usavam à frente de
seus corpos. Como eles precisavam se distinguir no campo de batalha ou de
disputas (pois estavam, via de regra, usando capacetes), começaram a desenhar
símbolos no escudo que carregavam.
É difícil afirmar quando se começou a
falar de heráldica ou quando teve início o estudo dos brasões.
O primeiro
livro conhecido que fala de símbolos é o De “insigniis et armiis”, de Bartolus de Saxoferrato, professor da
Universidade de Pádua, escrito na década de 1350. No seu livro “Ciência heroyca”, publicado em 1725, o espanhol Marquês de
Avilés (citado por Ignacio R. Tomás) diz que o brasão é a arte de tornar
compreensível, com suas cores, figuras e ornamentos, tudo o que se quer
representar num desenho. Ou seja, o brasão gravado no escudo serve para
exprimir, antes de qualquer coisa, tudo o que se pensa e tudo o que se
idealiza.
Apesar de se
reconhecerem elementos heráldicos desde o Império Romano, a heráldica como a
conhecemos e estudamos hoje existe desde o século XII, sempre na Europa
Ocidental, onde até hoje é largamente analisada.
Se, no início, o desenho feito nos
escudos era absolutamente aleatório, em geral remetendo a animais ferozes, com
o passar do tempo, esses
desenhos se tornaram hereditários e
começaram a seguir um conjunto de regras e convenções criadas e gerenciadas por
funcionários militares especificamente designados para isso, já que a
determinação desses símbolos era prerrogativa real. Esses profissionais
receberam o nome de “heraldos”, que eram os oficiais encarregados das
proclamações solenes e dos brasões.
Dessa origem militar surgiu o nome do
principal objeto de estudo da heráldica: o escudo. Como foi dito, era sobre o
escudo que se desenhavam objetos escolhidos pelos cavaleiros ou a estes
outorgados pelo poder real. Com a popularidade dos desenhos nos escudos, eles
começaram a ser utilizados em outros lugares, como quadros, portas, fachadas de
lojas, anéis e até como ornamento de caixões e túmulos.
Por essa razão, prefiro usar os termos
escudo ou distintivo para esses símbolos que representam os clubes: afinal,
para a torcida, os jogadores são guerreiros em campo, são contendores de uma
batalha contra seus rivais.
Para este livro, é interessante saber
quais os tipos de escudo que existem. São formatos-padrão que, por incrível que
pareça, são até hoje utilizados em quase todos os escudos de times de futebol:
como será visto a seguir, dificilmente um clube usa uma forma alternativa de
distintivo.
Bibliografia: "Os distintivos de futebol mais
curiosos do mundo". De
José Renato Santiago
www.brasoes.com.br
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